Boeing 737 MAX volta a operar na Europa com aprovação da EASA
Boeing 737 MAX volta a operar na Europa com aprovação da EASA
A EASA (European Union Aviation Safety Agency) aprovou a volta a serviço da versão modificada do Boeing 737 MAX, tornando obrigatório o pacote de atualização do software, revisão da fiação elétrica, novos manuais de operação e treinamento de todas as tripulações. Nessas condições o avião pode voar com segurança pelos céus da Europa, após quase dois anos de proibição de voo.
Patrick Ky, diretor da EASA, afirmou (tradução livre): “após exaustiva análise da EASA, determinamos que o 737 MAX pode retornar a serviço. Essa decisão foi tomada de maneira independente, sem qualquer pressão econômica ou política. Nós realizamos nossos próprios voos de teste e sessões em simuladores de voo… Temos total confiança de que esse avião é seguro.”
A EASA e reguladores no Canadá e no Brasil trabalharam em conjunto com a FAA e com a Boeing pelos últimos 20 meses. Todas essas autoridades já autorizaram o retorno do 737 MAX às operações.
O Boeing 737 MAX foi impedido de voar em todo o mundo em março de 2019, após dois acidentes num intervalo de apenas 6 meses. A causa das duas quedas foi o software conhecido como MCAS (Maneuvering Characteristics Augmentation System). O MCAS deveria tornar o controle do avião mais fácil. Quando o sensor de ângulo de ataque falhava, entretanto, o sistema empurrava o nariz do avião para baixo, eventualmente fazendo os pilotos perderem o controle do avião.
Os dois voos fatais com o 737 MAX foram o JT610 (da Lion Air, que ia de Jakarta para Pangkal Pinang, Indonésia) e o ET302 (da Ethiopian Airlines, que ia de Addis Ababa, Etiópia, para Nairobi, Kenya). Ao todo, nos dois voos morreram 346 pessoas.
Em resposta à aprovação da EASA, a Boeing emitiu o seguinte comunicado (tradução livre): “Nunca esqueceremos as vidas perdidas nos dois acidentes trágicos. Esses eventos e as lições que aprendemos nos fizeram aumentar o foco nos valores de segurança, qualidade e integridade. Continuamos trabalhando com a EASA e seus países membros, com outras agências reguladoras e com nossos clientes para retomarmos operações seguras dos modelos 737-8 e 737-9”.
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